segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Prólogo parte.2

      Ainda na nova cidade, havia muita coisa estranha e diferente; um lugar de rios e não de praias, uma ilha sem ponte pro resto do país, diferente da metrópole que vivia localizada em um grande centro comercial; lá havia poucos lugares para onde ir, a orla (uma parte do rio amazonas com uma espécie de barragem com restaurantes, e uma grande ponte), pizzarias, restaurantes orientais, e 3 shoppings que mais pareciam-se com galerias que grandes centros de venda, e entretenimento. Eu não tinha amigos para frequenta-los, então passava a maior parte do tempo na nova casa, - como indagava "fazendo varios nadas" - e assim continuei até os 15 anos, quando pela primeira vez comecei a socializar-me com outras pessoas - desde os 8 anos quando havia ido para a metropole, sofria bullying, devido a tal, a timidez e o medo tomaram conta, e por fim, chorava todo dia ao retornar para casa -.
Aos 16 anos havia perdido mais de 6 kg, começado uma vida mais saudável, e mudado o estilo de vida - desde 2011 não consumia mais tanta besteira, como refrigerantes, cheetos ,doritos, doce demais ou salgado demais - além do mais, a minha pele havia mudado, de um moreno cor de jambo, para um pardo (branco amarelado), e o porque da mudança, era uma questão que circundava minha cabeça, mas a resposta era a sobrevivencia ao meio como Charles Darwin falou em sua teoria, o mais adaptado sobrevive ao meio, entao no pensamento que havia tido na época era o de que, caso eu mudasse de aparencia, as pessoas iriam me aceitar por estar mais arrumada e também, os garotos que antes me ignoraram tanto, iriam se interessar mais por mim. Era um pensamento de uma jovem adolescente, na crise da existencia, claro, pois o que realmente importava, e sempre importará na realidade, é o que a pessoa é por dentro detoda aquela "mary key" ou da globalização da alienação. Disso, os jovens ainda não tinham noção, pois no século XXI o pensamento é outro - aquele, é o tempo de "ficar" ou seja , suprir as necessidades físicas do ser humano, sem que haja nenhum compromisso, resumindo beijar, tranzar, ou beijar e tranzar como uma amizade colorida -.
Aos 17, no fim da formação do 2º grau (ou seja , 3 ano do ensino médio), eu ja era bem diferente do começo da adolescência, animada, expontânea,sincera, mais magra e mais arrumada, porque bonita so as estrelas do céu da fazenda da minha avó, incrivelmente estrelado, na verdade era de perder o folego, mas isso não vem ao caso, não no momento.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Prólogo

       Sempre fui daquele tipo de pessoa que não ligava pra condição financeira, até nos rolês saía sem dinheiro - mas qual era a graça de sair sem dinheiro? você se pergunta, ia apenas para curtir aquele momento, com pessoas que realmente se importavam comigo , ou apenas sair, sozinha ao som de "Postcards" do James Blunt ou o famoso solo de Slash que levava-me ao delírio, o dinheiro não comprava aquela liberdade, ou um banho numa praia ou num rio. Era apenas mais um dia, cansativo, mas premiado, um dia a mais sobrevivi, ao fim? não, mas a luta interna - além das dores de um problema na saúde - fazer o que se vivo em um lugar onde nem a saúde está a pico.

Minha vida nunca foi um mar de rosas,mas quando criança tive um pouco de diverção, costumava sair pelas ruas, pra brincar com as crianças de famílias diferentes, - me chamavam de pontinho preto, porquê? pelo simples fato do meu cabelo ser de uma tonalidade quase preta, não ter sido cortado a vida toda, e no momento em que eu corria, ele esvoaçava de um lado para o outro,fazendo uma espécie de curtina o que não deixava o resto do corpo aparecer - eu  passava horas e horas na rua, na casa delas, em praças, em sorveterias - na época era R$ 50 centavos a bola do sorvete, e comprava entre 4 a 5 delas -  e em pastelarias. Vivia em uma casa pequena, 2 quartos, um banheiro, a cozinha e o corredor pra porta. Aquela era verde, e se encontrava em um bequinho estreito, bastava seguir para a direita, virar a esquerda e lá estava a famosa praça.

Eu não tinha pai, ele havia nos abandonado bem cedo, e ficado com outra mulher e minha mãe passava o dia todo na rua, ela trabalhava de cabelereira, e tudo o que aprendia em cursos ela testava no meu cabelo, mechas, coloraçao, tonalidade, até o dia em que ela cortou meu cabelo acima do ombro. Lembro que senti uma sensaçao de liberdade, que nunca havia acontecido, a brisa pela primeira vez tocou meus ombros tão suavemente que senti um orgasmo de felicidade sair por entre meus labios, foi como se ouve-se retirado um peso da minha costa. Aos 6 anos, frequentava a escola e acabava falando, não por maldade, que ela estava a procura de um pai para mim, e as pessoas entendiam como se essa estivesse ficando com vários homens, em decorrer disso acabei sendo chamada pela pedagoga da escola com ela. Aos 7 anos, perto do Natal, apareceu um homem diferente, alto, claro, - Em uma região de praia um homem branco daquela forma? Supliquei naquela idade, era apenas uma criança - não era parente, mas um homem que não falava minha lingua, foi quando eu descobri que mamãe o havia conhecido e ele se encantado por ela. Nos primeiros dias foi estranho, a sensação de ter um pai era nova, um pai!!! eu estava tão animada, nao sabia qual reação ter naquele instante, e assim os dias passaram consecutivamente, e o carinho aumentou, e perdurou, aquele virou meu pai, não um padrasto, pois pra mim mesmo que não fosse de sangue, ele tratou-me como sua filha com muito amor, e me protegeu, durando consecutivamente ate hoje, mais de 11 anos.

Quase na adolescência, aos 10 idade, eu ja era moça - ou seja, havia mestruado mais cedo que muitas garotas - em decorrer disso, passei a não correr muito, ou sair muito, ja estava me tornando mais madura, aos poucos, contudo o interesse pelos esportes começou a crescer tornando-se uma paixão, principalmente os de contato (basquete, handebol e futebol) e natação havia ganhado três medalhas de 1º lugar aquele ano - mas, nada disso durou por muito  tempo, pois em 2012, devido a problemas familiares voltei a morar em minha cidade natal, e essa não obtinha aquele que denominei meu esporte preferido, a natação, isso deixou-me bastante triste. Todavia, haviam as modalidades de lutas diversas, e acabei testando duas delas: Muay Thai e Wrestley (conhecido ainda por umas regiões como luta olimpica) - devido a essa, houve um deslocamento de uma das costelas da parte esquerda da coluna, e ao ver os exames (depois de ter ido ao hospital) foi constatado um desvio da coluna, ou seja, escoliose, de 0,46 mm, o que deu fim aos treinos - .